Ana Paula Valadão na Revista Ester em 2002



Como seria uma entrevista da Ana Paula Valadão há 9 anos atrás? Quais eram os planos do DT? E os projetos para aquele ano? Pensando nisso, o ‘Flash Back DT’ foi no fundo do baú e trouxe para vc um entrevista exclusiva que Ana Paula concedeu à Revista Ester no ano de 2002, em julho. Na entrevista Ana fala sobre o nascimento do Crianças DT, a visão do Diante do Trono, a gravação no Maracanã, o DT 5 em Brasília, a dança nas igrejas, sua música preferida e muito mais! Confira na íntegra:
UNÇÃO E ADORAÇÃO A DEUS – Por: Isabel Pacheco
Ainda na infância ela descobriu o verdadeiro desejo de ter o Senhor em sua vida. Nessa fase, Ana Paula decidiu seguir o chamado para ser missionária. Ela nos revela o motivo de seu ministério ser um dos únicos com um corpo de dança. Segundo Ana, isso representa a importância de dar ao Senhor Jesus uma adoração completa, com todo ser, corpo, alma e espírito. Sua formação musical teve início na igreja evangélica que freqüenta com a família até hoje.
Dona de uma das mais belas vozes que interpretam a adoração, ela consegue emocionar a todos com sua fé, à frente do Ministério Diante do Trono que, ao longo da sua existência, tem levado o clamor por mais intimidade com Deus a várias pessoas em todo o território nacional.
Ana nos conta como surgiu o ministério e um projeto na Índia, responsável pelo afastamento de diversas meninas do mundo da prostituição naquele país. Ela fala da importância da unção na vida daqueles que ajudam a propagar as canções de louvor a Deus, e o que as ministrações de louvor representam em sua vida. O trabalho desenvolvido para o público infantil, a possibilidade de gravar novos CDs em espanhol e inglês, além das dificuldades durante a gravação do segundo CD também foram lembrados.
Ester – Como você define a música cristã?
Ana Paula – A música cristã é muito mais que uma simples nota, melodia ou ritmo. Ela traz em si um poder de tocar realmente no coração das pessoas. Tudo isso devido ao fato da letra ser baseada na Palavra de Deus. Essa é a razão pela qual consegue ir além da emoção. Na verdade, provoca uma transformação positiva na vida daqueles que a ouvem.
Ester – Quando foi sua primeira apresentação solo?
Ana Paula – Sempre estive envolvida com a música. Ainda bem menina, cantava em bandas e corais infantis. Mas o meu primeiro solo aconteceu quando ainda tinha sete anos de idade, durante uma cantata de Natal, na frente da igreja. Esse momento representou uma unção que Deus derramou na minha vida. Minha formação musical foi toda dentro da igreja. Além disso, nasci num lar cristão, onde minha avó era regente e minha mãe, solista do coral na igreja que freqüentávamos.
Ester – Como surgiu o Ministério Diante do Trono?
Ana Paula – O Ministério de Louvor Diante do Trono não teve um momento de nascimento. Não nos reunimos para decidir montar uma banda. Tudo começou quando voltei de um seminário que fiz, durante um ano, nos Estados Unidos. Naquela ocasião, tive a convicção de que era o momento de gravar o nosso CD. No mesmo período, meu pai retornava de um trabalho missionário, que havia feito na Índia, certo de que deveríamos começar um projeto para ajudar o país. Daí decidimos gravar e reverter a renda obtida com as vendas para a implementação de um trabalho missionário.
Ester – Foi muito difícil começar esse trabalho?
Ana Paula – Não tivemos muitas dificuldades. O problema foi depois da gravação. Acho que o inferno viu que alguma coisa grande estava começando a acontecer. Para lançar o CD “Diante do Trono” houve muita luta.
Ester – O CD “Diante do Trono” é apontado como um dos melhores no gênero. Qual a emoção em ver esse reconhecimento?
Ana Paula – Com certeza sentimos muita comoção porque somos seres emocionais. Mas acho que o sentimento mais comum no grupo é o de quebrantamento. É como se nós ficássemos muito pequenos diante daquilo que Deus tem feito em nossas vidas. Em nenhum momento achamos que fizemos alguma coisa boa. Tudo que temos de bom foi Deus quem nos deu. Quem fez tudo isso foi Ele. Toda vez que recebemos um elogio penso muito em tudo o que Deus tem feito através das nossas músicas.
Ester – De onde vem o estímulo para compor as canções?
Ana Paula – Elas surgem da minha experiência com o Senhor. Algumas eu mesma componho e outras, o meu irmão. Além disso, há pessoas do grupo que também escrevem. Cada música tem uma história e eu sinto como se elas tivessem vida, como uma experiência pessoal de restauração. Uma das músicas do próximo CD, intitulada “Vem de Ti”, surgiu em um certo dia no qual parei e comecei a ver tudo o que Deus tem feito em minha vida. Olhei para meu lar e comecei a me lembrar também do meu esposo e dos meus pais, do Diante do Trono e dos meus amigos. Ali senti Deus quebrantar o meu coração e comecei a agradecê-lO por tudo que estava fazendo por mim. Daí surgiu a inspiração. Assim nasceu mais uma música.
Ester – O que você sente quando está ministrando?
Ana Paula – Sinto sempre uma expectativa muito grande sobre o que Deus vai fazer no momento em que estivermos ministrando. Sempre peço que o Senhor venha nos surpreender. Peço humildade para que nunca pensemos no que aconteceu como se nós tivéssemos feito, mas sim Ele. Cada momento é diferente, e Deus, constantemente, nos revela muitas coisas. Sempre oramos, e à medida que as coisas vão acontecendo, ficamos maravilhados, sorrimos, cantamos, choramos, dançamos. Vejo como a presença de Deus se manifesta de maneira quase palpável quando o povo dEle se reúne para O adorar com o coração sincero. Se algum dia a presença de Deus não se manifestar, também não quero estar lá. Só desejo estar onde Ele estiver.
Ester – Qual foi o principal propósito para criação de um projeto na Índia?
Ana Paula – Tínhamos o propósito de desenvolver um trabalho missionário fora do País. Então, o primeiro campo que o Senhor colocou no nosso coração foi a Índia. Meu pai esteve lá e viu o sofrimento do povo. Mas o que mais chamou atenção foi o problema da prostituição infanto-juvenil. Sabemos que isso também acontece no Brasil, mas na Índia, o caso é infinitamente maior. Lá a prostituição é praticamente legalizada e o pior é que as autoridades reconhecem. As meninas são compradas, e passam a pertencer aos cafetões. É uma coisa muito difícil, um número absurdo. Em apenas um bairro, o Red Light (bairro da Luz Vermelha), há altos índices de prostituição: são mais de 350 mil meninas. Contudo, o trabalho tem dado frutos. Temos, hoje, mais de 60 meninas que já saíram dessa vida.
Ester – De quem foi a idéia de gravar o CD em Brasília?
Ana Paula – No final do ano passado, depois da gravação do CD “Preciso de Ti”, Deus começou a nos mostrar que deveríamos realizar nossos ajuntamentos com o propósito específico de clamor pelo Brasil. Passamos a usar as cores da bandeira nacional em nossas ministrações . Também nos orientou que três reuniões maiores deveriam ser feitas. A primeira aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, realiza no Estádio Mário Filho, o popular Maracanã, em dezembro de 2001; a segunda em Brasília, na Esplanada dos Ministérios. Portanto, a idéia de gravar em Brasília veio do Senhor para o nosso coração. Em breve nos reuniremos em São Paulo. Deus nos mostrou ainda que a música de clamor por todo o País seria “Preciso de Ti”, que tem uma belíssima mensagem.
Ester – Você disse que as três cidades têm algo de especial. O que seria exatamente?
Ana Paula – São lugares espiritualmente estratégicos para a Nação e também centros políticos e econômicos. As grandes concentrações da igreja do Senhor, quando acontecem nessas cidades, têm um grande reflexo para o País. O que há de especial é que Deus determinou que nossos primeiros grande ajuntamentos acontecessem nessas três cidades.
Ester – Como foi gravar no ano passado em pleno Maracanã? O que você sentiu?
Ana Paula – A emoção ao ver uma promessa cumprida é sempre grande. A gravação no Maracanã foi um milagre. Nós não tínhamos condições de levantar toda a estrutura que desejávamos, mas conseguimos. Além disso, o público foi enorme.
Ester – Qual foi o maior milagre que você já presenciou quando estava cantando?
Ana Paula – O maior milagre de todos é poder ver uma vida salva, perceber que muitos entregaram o coração a Jesus e começaram a experimentar a certeza da salvação. Em todas as nossas viagens sempre pedimos as pessoas que nos falem sobre a experiência de entregar a vida ao Senhor Jesus. Esse é o milagre que mais me toca. Também é muito importante poder ver a restauração de várias famílias.
Ester – Você sempre cantou nesse estilo ou já conheceu algum outro?
Ana Paula – Numa determinada fase da minha vida ingressei num grupo coral. Na época, meu grande sonho era cantar como a Sandy Patti, uma conceituada cantora evangélica com formação erudita. Ficava treinando na minha casa imitando aquela bela voz. Mas isso foi por um pequeno período.
Ester – O seu ministério é um dos únicos com corpo de dança. De quem foi a idéia?
Ana Paula – Ainda na minha infância participei de um grupo cujos integrantes cantavam e dançavam. Depois fiz parte de outro, onde também cantávamos e dançávamos. Então, Deus me mostrou que não devia haver preconceitos. Penso que devemos dar a Ele uma adoração completa, com todo o nosso ser. Nós existimos para Glória de Deus.
Ester – O que a unção representa na vida de um cantor?
Ana Paula – Na vida de uma adorador, a unção é tudo. No dia em que ela acabar e simplesmente abrirmos a boca para cantar, seremos simples cantores.
Ester – Por que no momento em que as letras impressas do CD terminam você continua cantando? Isso é algo programado ou dado por Deus?
Ana Paula – É uma coisa espontânea, algo que Deus tem nos ensinado. Aprendemos a agir cada dia de maneira mais livre. Não há a letra porque não é uma música previamente ensaiada. É algo que acontece no momento da gravação do CD. É dado por Deus.
Ester – De todos os CDs gravados, qual foi o que apresentou mais problemas para ser produzido?
Ana Paula – O CD mais difícil para ser gravado, sem dúvida, foi o segundo. Durante os trabalhos tivemos lutas muito grandes. Quando o concluímos cheguei a afirmar que nunca mais gravaria outro. A partir de então, Deus foi nos ensinando a orar com mais intensidade para aumentar a nossa guarda.
Ester – De todo o repertório qual a música que você mais gosta?
Ana Paula – Gosto muito de todas. Embora não possa afirmar que seja a minha favorita, vou citar “À Sombra do Altíssimo”, versão do Salmo 91. Sempre quando canto essa música sinto uma alegria tremenda. Agrada-me, em especial, porque Deus havia me prometido uma canção de guerra, que seria também de adoração, e Ele realmente cumpriu durante uma madrugada.
Ester – Como foi produzir um CD voltado para o público infantil?
Ana Paula – Foi a realização de um sonho. Sabemos que o inferno investe muito nas crianças e algumas igrejas esquecem de p
riorizar os pequeninos. Nós, do Ministério Diante do Trono, já estávamos orando para que o Senhor nos desse as músicas e condições para realizarmos esse trabalho. Foi uma experiência riquíssima. Gravamos também o vídeo desse CD que será lançado ainda este ano.
Ester – Você pretende gravar um CD em outro idioma?
Ana Paula – Sim. Em breve estaremos lançando nosso CD em espanhol. E, se Deus quiser, depois disso faremos um trabalho em inglês.
Fonte: AmigosDT

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