O diabo é o pai do rock, provocava Raul Seixas, mas o ‘coisa ruim’ definitivamente não passa perto das guitarras, dos teclados, do baixo e da bateria que acompanham a cantora Ana Paula Valadão em arranjos bastante roqueiros no Diante do Trono. Os números que o grupo evangélico mineiro coleciona em 12 anos de estrada são para lá de expressivos, dignos de qualquer grande artista da ‘MPB pagã’.
Sua fama, porém, ainda não derrubou as cercas do segmento gospel. Mas se artistas como Roberto Carlos, Gilberto Gil e Legião Urbana, por exemplo, emplacaram clássicos com tal temática (‘Jesus Cristo’, ‘Se Eu Quiser Falar Com Deus’ e ‘Monte Castelo’, respectivamente), por que o Diante do Trono não pode cravar sucessos até mesmo em ouvidos não religiosos?
“Ainda não somos conhecidos por muita gente, mas queremos ser. O Brasil precisa saber que isso está acontecendo”, define Ana Paula Valadão, no camarim, antes da gravação do próximo DVD do grupo, em Barretos, interior de São Paulo. O show reuniu cerca de 150 mil pessoas no coração da festa do peão de boiadeiro.
